Passo os dias a tentar convencer-me de que não gosto de ti... de que não sinto a tua falta... e agora pergunto: para que? para que enganar-me? Continuar a dizer a mim mesma que não és aquele que amo, se o meu sangue ferve quando te vejo, todas as palavras que tinha prontas para dizer se esvanecem do meu pensamento, as minhas pernas ficam babas... e não consigo tratar-te da forma como queria... Para que continuar a dizer a mim mesma que não sinto a tua falta se não me sais do pensamento desde que saíste de casa naquela manhã de Julho, e que a partir dai parece que a casa ficou vazia, e sem nada quem me prendesse aquele sitio...
É ridículo, porque as vezes dizes cenas que parece que também gostas de mim, e isso faz-me ter esperança de que um dia poderia ser feliz contigo... Tenho noites em que sonho que me dizes que gostas de mim, outras em que tudo se desenrola sozinho e que não dizemos nada mas que tudo começa como se ambos soubéssemos o que cada um de nós sente sem ser preciso dizer... mas são só sonhos, e tu não me dizes se podem ser reais ou não...
(espero que um dia, quando tiver uma resposta... não seja tarde demais)
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